segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Gente que se diz feminista e sem preconceitos, mas...





1.    Acha que tem mulher pra “curtir” e mulher pra namorar ou casar.
2.    Diz que mulher que fala palavrão ou trai o parceiro é puta.
3.    Acredita que todo gay é promíscuo.
4.    Acha que pobre deve “conhecer o seu lugar”.
5.    Fala que mulher que teve muitos parceiros é rodada.
6.    Repete que mulher que “anda nua “  é vadia.
7.    Assusta-se ao ver médio, engenheiro, empresário negros.
8.    Gosta de transar com negrxs, afinal eles são bons de cama, más não casaria e não teria filhos com elxs.
9.    Acha que cabelo crespo é ruim.
10. Que em favela só tem bandido.
11. União homossexual não é normal (Marco Feliciano e )
12. Chama negrx de morerinhx.
13. Separa os seus talheres e pratos dxs empregadxs.
14. ......


           Então me explica como é isso de ser feminista e não ser preconceituoso.
 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Tráfico humano: dor, humilhação e violência contra as mulheres

Mais um mecanismo de violência e opressão contra a mulher.

Instituto Maria Preta: Um Nu honesto "mulheres lindas, com suas imperfeiç...

Um ato que pode promover a autovalorização da mulher. Somos todas lindas de forma singular.

terça-feira, 30 de abril de 2013

A violência traduzida em números



Há exatos 14 dias atrás fiz meu primeiro post no blog “Violência de Gênero. Basta!”. O blog foi criado com o intuito de discutir a violência contra a mulher e antes de atingir 15 dias de vida sinto-me impelida a discutir duas ocorrências de grande repercussão. No entanto é importante ressaltar um dado alarmante, de lá pra cá foram mortas 53 mulheres por seus namorados, maridos ou companheiros, ou seja, quase quatro mortes ao dia. São vítimas do machismo, da opressão e da impunidade.
Na manhã de terça-feira, dia 23 de abril, foi enterrado corpo de Hirome Sato de 57 anos, morta por estrangulamento em seu apartamento pelo seu companheiro, o advogado Sérgio Brasil Gadelha, de 74 anos, que confessou ter cometido o crime por conta de ciúmes.
Segundo o próprio acusado relata não era sua intenção mata-la, no entanto, os médicos só foram chamados pra atender a vítima na noite de domingo, quase 30 horas após a sessão de espancamenteos, quando uma filha de Gadelha foi ao apartamento. A perícia achou vários sinais de agressão no corpo de Hiromi, além das marcas de estrangulamento.
Outro crime brutal vitimou uma adolescente de 17 anos na cidade de Iguatú, interior do Ceará. O corpo da jovem, Keyla Cibela Queiroz foi encontrado num lixão, na saída da cidade por uma catadora de lixo. A jovem estava desaparecida a mais de dois dias. Yaslan Moreira da Silva, companheiro da vitima, com quem tinha um filho de 9 meses e um relacionamento de mais de dois anos, confessou ter matado a jovem com uma martelada na cabeça, em seguida,  ter envolvido seu corpo em sacos plásticos e desovado no lixão.
A exposição desses dois casos resume bem a situação de vulnerabilidade na qual nos encontramos. Os homicídios aqui destacados foram usados apenas como demonstrativo dos restantes 53 de feminicídios (morte de mulheres em razão de gênero) cometidos no nosso País somente na última quinzena, de 16 a 30 de abril.
Apesar da lei Maria da Penha ser um marco na luta contra violência , ela ainda é insuficiente como método preventivo e corretivo. Infelizmente a impunidade ainda é um fator estimulador das práticas de violência contra a mulher.
Em 2007, primeiro ano de vigência da lei Maria da Penha, o número de homicídios apresentou queda: de 4,2 mortes, foi a 3,9 mortes para cada 100 mil mulheres. Já no ano seguinte, a taxa voltou a atingir os patamares anteriores.
Dados do Ministério da Saúde revelam que 1980 e 2010, foram assassinadas 91.932 mulheres. Do total de agressões contra a mulher, 42,5% são do cometidas pelo próprio parceiro ou ex-parceiro, e 68,8% dos incidentes acontecem em âmbito doméstico.
Estatísticas fornecidas pelo Instituto Patrícia Galvão revelam que pelo menos 70% dos feminicídios são praticados por maridos ou ex-maridos, namorados ou ex-namorados, noivos ou ex-noivos, companheiros ou ex-companheiros.
É lamentando profundamente que exponho aqui esses dados. No entanto, meu sentimento maior nesse momento é de revolta. Sinto-me extremamente frágil ante essa violência. Imagino que a próxima vitima possa ser eu. E vejo que Estado permanece omisso ante os fatos.

Fontes: O Povo on Line, O Estadão, Machismo Mata Word Press

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Um cantinho pra refletir



Quando a cabeça esquenta e surge uma vontade louca de chutar o balde, o melhor é calar, se afastar do problema e buscar um cantinho tranquilo pra refletir sobre a melhor de resolvê-los.

terça-feira, 23 de abril de 2013

O grito como mecanismo de intimidação.


 O feirante grita pra chamar a atenção dos clientes. O leiloeiro grita com o intuito de entusiasmar o comprador. O treinador grita pra incentivar o time. O homem grita com a companheira com o intuito de intimida-la, como meio de fazer valer sua vontade, livrar-se de uma situação desfavorável ou como uma simples demonstração de poder.
É fato que a imensa maioria dos homens tem compleição física superior a das mulheres e, portanto, um grito masculino nos soa extremamente intimidador. O simples encarar de olhos esbulhados já quer nos dizer que há perigo à vista. E o homem sabe disso. Sabe também que dificilmente vamos enfrenta-los fisicamente. Então ele usa o grito como ameaça. Subentende-se que depois que ele grita nada mais deverá ser feito ou dito, pois há risco iminente de ter que enfrentar sua fúria na forma mais devastadora, a agressão física.
Ouvimos gritos quando estacionamos mal o carro, quando passamos a marcha errada, não entendemos algo, cometemos algum erro. Mas, sobretudo, ouvimos gritos quando questionamos os homens, quando tentamos iniciar um diálogo acerca de algum assunto que lhes possa ser inconveniente.  Nessas ocasiões o grito é a ferramenta que vai impedir a progressão da conversa, ele vai nos manter sob controle, vai fazer com que recuemos e desistamos dos esclarecimentos. O efeito desejado é realmente nos amedrontar, nos acovardar e nos causar insegurança.
Para o homem, o confronto é efeito colateral do grito. Ele deseja evita-lo, mas caso não seja possível não se esquiva dele. Já a mulher se preocupa bastante com o embate, pois não pode precisar que contorno este irá tomar. Todas nós conhecemos bem as possíveis consequências do enfrentamento e nos esquivamos dele o máximo possível. É uma batalha desigual, cujos danos podem ser irreparáveis. Esses fatores nos deixam em grande desvantagem. Essa fragilidade é usada pelo “macho” pra nos oprimir.
Há a cultura da tolerância aos gritos, olhares intimidadores, palavras grosseiras e xingamentos. Estamos tão condicionadas que não vemos toda essa hostilidade como uma forma de violência, uma forma de demonstrar superioridade física e de nos submeter as suas vontades. Apesar de passar despercebida, essa é a mais comum forma de opressão contra nós mulheres. É a cultura machista se impondo sobre nós e nos mantendo sob seu domínio. E sempre que se sentem encurralados eles gritam. É um ciclo vicioso, quanto mais se conquista com o grito, mais eles gritam. Não obstante, quando o grito deixa de surtir efeito, a violência passa a manifestar-se através do espancamento.
Devemos, portanto não nos deixar intimidar, devemos encarar o grito como ele realmente é, uma ameaça, uma violência e mais um mecanismo de opressão contra a mulher. Numa relação entre iguais deve prevalecer o diálogo, os conflitos devem resolvidos através da conversa, deve prevalecer o respeito mútuo.  Onde há hostilidade há uma relação doente, falta respeito e igualdade. Neste contexto não há como se manter saudável ou educar filhos saudáveis.
O grito é uma das manifestações da violência psicológica e como tal pode ter implicações contra o agressor quando denunciada. É imprescindível que nós mulheres não sejamos conivente com essa agressão.